quinta-feira, 29 de novembro de 2007

DESENHO DA PREFEITURA MUNICIPAL - ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA


LOCALIZAÇÃO E COORDENADAS


Lavrinhas localiza-se no Estado de São Paulo, na região Administrativa de São José dos Campos, no Vale do Paraíba Paulista, próxima ao conhecido Vale Histórico. Possui uma área total de 166,86 km² e delimita-se com os municípios de Cruzeiro, Queluz e Silveiras, no estado de São Paulo e a cidade de Passa Quatro, no estado de Minas Gerais.



DISTÂNCIAS:

• São Paulo - 215 km
• Rio de Janeiro - 210 km
• Cruzeiro - 20 km

ACESSOS:

• BR 116
• SP 28
• SP 58
• SP 52

COORDENADAS GEOGRÁFICAS:

O município de Lavrinhas localiza-se na latitude de 22 graus, 34 minutos e 15 segundos abaixo da linha do equador no hemisfério Sul e na longitude de 44 graus, 54 minutos e 8 segundos a Oeste do meridiano 0 (zero): Latitude: 22º 34` 15” S e Longitude: 44º 54` 08” O.

DELIMITAÇÃO DA ÁREA

  • Área total de 174 km².

  • O Estado de São Paulo possui uma área total de 248.209,426 km², compreendido por 645 municípios, classificando o Município de Lavrinhas como área pequena.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

FATOS-HISTÓRICOS

Construção da Estação Ferroviária

Em 1873, com a passagem da Estrada de Ferro Dom Pedro II na região, os irmãos João Emidio Ribeiro e Antônio Francisco Ribeiro doaram um terreno da Fazenda Lavrinha, de sua propriedade, para a E. F. D. Pedro II, com o objetivo de construir uma estação às margens da Estrada de Ferro e assim atender a grande produção cafeeira da localidade.

Em 12 de outubro de 1874, foi inaugurada a Estação Ferroviária, sendo a segunda estação no estado de São Paulo do eixo Rio de Janeiro - São Paulo. Sua inauguração ocorreu com uma viagem feita pela locomotiva a vapor construída por Willian Fair Bain & Sons de 1852. Em torno das estações das estradas de ferro, formaram os núcleos de pequenas vilas que mais tarde se transformaram em cidades e Lavrinhas não fugiu a regra.

A importância da construção da Estação Ferroviária de Lavrinhas, assim como de todas as demais estações, se deve ao fato de que em seu entorno formaram-se pequenos povoados que se desenvolveram e que contribuíram para o crescimento das localidades.

No final de 1970, a estrada de ferro sofreu um desvio de alguns metros e hoje o prédio da estação encontra-se distante da estrada por cerca de 15 metros. Abriga a sede da Prefeitura Municipal e o Cartório de Notas e fica no centro da cidade.


Mudança da Sede do Município

A cidade de Lavrinhas teve origem na localidade denominada Pinheiros, em 1827, em torno da Capela de São Francisco de Paula. De lá até o ano de 1944, a sede do município alterou diversas vezes entre essas duas localidades, devido a conflitos e interesses políticos.

Em 13 de março de 1846, São Francisco de Paula de Pinheiros é elevada à categoria de freguesia pertencente à Queluz. Em 27 de junho de 1881 torna-se município independente, desmembrando-se de Queluz e em 06 de novembro de 1906 passa a se chamar Pinheiros. É criado o Distrito de Lavrinhas, criado pelo Congresso Legislativo Estadual em 30 de novembro de 1917 e em 21 de maio de 1934, tanto Pinheiros como Lavrinhas voltam a pertencer a Queluz.

Pinheiros volta a ser a sede do município em 04 de setembro de 1937, mas em 30 de novembro de 1944 Lavrinhas passa a sediar definitivamente o município e Pinheiros torna-se bairro, permanecendo assim até os dias de hoje.

Construção de viaduto particular sobre a Estrada de Ferro
A construção do viaduto constitui-se em importante fato histórico, uma vez que foi o único do gênero no Brasil com caráter particular e vitalício. Tinha início no portão do Casarão Chalet, de propriedade do Coronel Manuel Pinto Horta e cruzava a linha férrea terminando poucos metros adiante, próximo ao seu armazém.

Construído pela Estrada de Ferro Central do Brasil, possuía estrutura de ferro e madeira, foi concluído em 1898 e tornou-se marco histórico ferroviário.

Como curiosidade pode-se citar que a Estrada de Ferro Central do Brasil adquiriu uma locomotiva importada da Alemanha para a viagem inaugural da linha Rio de Janeiro – São Paulo. Porém, a locomotiva teve que ficar parada na cidade de Lavrinhas, pois a altura de sua chaminé não permitia sua passagem sob o viaduto. Foi chamado então, um técnico para diminuir a altura da chaminé, uma vez que o viaduto não poderia ser alterado em sua estrutura.

Anos mais tarde, o viaduto foi destruído por um trem, restando após o acidente e até os dias de hoje, apenas as suas bases.


Revolução de 1932

Durante a Revolução de 1932 a cidade de Lavrinhas e mais especificamente o bairro de Pinheiros foi palco de sangrentas lutas, sendo gravemente prejudicada em sua estrutura física. Estando localizada em um importante eixo geográfico, entre as divisas dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Lavrinhas foi considerada ponto estratégico, servindo de cenário e base para vários ataques.

Sedes de antigas fazendas de café, assim como a paróquia de São Francisco de Paula, foram parcial ou totalmente queimadas e destruídas. Muitos dos livros da paróquia de Pinheiros desapareceram, inclusive o Livro de Tombo, único que existia, entre tantos outros que continham diversos registros sobre a vida dos moradores. Foram abertos então novos livros, mas importantes registros foram destruídos pela Revolução de 1932 e assim perdeu-se boa parte da história local.


Inauguração da Rodovia Presidente Dutra
No dia 19 de janeiro de 1951, o então Presidente da República, general Eurico Gaspar Dutra, descerrou na altura do km 22 no município de Lavrinhas, a placa de inauguração da BR-2, a nova Rodovia Rio de Janeiro - São Paulo, atual BR 116, também conhecida como Rodovia Presidente Dutra.

A Rodovia, que até então levava 12 horas para ser percorrida, teve seu tempo reduzido para 6 horas após a sua inauguração e permitiu diminuir a distância entre as duas capitais em 111 quilômetros. Contava com pista simples, em sua maior parte, com tráfego em mão-dupla e representou um dos maiores desafios de engenharia da época, permitindo a construção de aclives e declives menos acentuados, curvas mais suaves e a superação de diversos obstáculos naturais.

SIMBOLOS MUNICIPAIS

São considerados símbolos do município de Lavrinhas o Hino, o Brasão de Armas e a Bandeira, sendo que o Brasão de Armas e a Bandeira do município foram instituídas pela Lei Municipal nº 288/76 de 19 de julho de 1976 e o Hino do Município pela Lei 634 de 28 de dezembro de 1990.



HINO DE LAVRINHAS

Lavrinhas é feliz sonha tranqüila
O mesmo sonho azul da Mantiqueira!
Às margens do Rio Paraíba
Nasceu esta terra querida
(estribilho)
Lavrinhas é pequena, um vale estreito.
Que cresce linda e valorosamente
Mas grande é seu coração
Que enche o peito da gente!
(estribilho)
Um marco enfeitando a cordilheira
Que antes era aquela augusta vila!
Cintila o luar neste solo
Tão forte e cheio de vida!
(estribilho:)
Lavrinhas, Lavrinhas!
Cidade de encantos mil,
Do ouro nasceste altiva,
Berço de um povo gentil!
d
d
d
d
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BRASÃO DE ARMAS



O Brasão de Armas da cidade de Lavrinhas foi idealizado pelo Dr. Lauro Ribeiro Escobar, do Conselho Estadual de Honrarias e Méritos e assim se descreve: Escudo ibérico de goles, com três gládios de ouro postos em roquete, encimado três montes do mesmo moventes de ponta, sendo o do centro mais elevado e carregado de três flechas enfaixadas do primeiro. O escudo é encimado por coroa mural de prata de oito torres, suas portas abertas de sable têm como tenentes dois voluntários do Exercito Constitucionalista empunhando suas armas. Listel de goles com a divisa “CAVE NAN VIGILO” em letras de ouro. O significado do brasão de armas é o que segue:

Escudo ibérico - Usado em Portugal na época do descobrimento do Brasil e sua adoção evoca os primeiros colonizadores e desbravadores da nossa Pátria.

Cor goles (vermelho) - Tem o significado da audácia, coragem, valor, galhardia, intrepidez, nobreza conspícua, generosidade e honra, qualidades do povo de Lavrinhas e tem alusão a seu porte no movimento Constitucionalista de 1932.

Espada - Símbolo da guerra e da justiça, lembrando que em 1932, Lavrinhas com São Paulo desembanhou a espada em continência à Lei, fazendo uma guerra cívica contra a tirania.

Monte - Significa a grandeza, firmeza, sabedoria e nobreza, referindo-se no Brasão de Armas, a região montanhosa em que se situa o município.
Metal ouro - Representa a riqueza, esplendor, generosidade, nobreza, glória, poder, força, fé, prosperidade, soberania e mando, indicando o objetivo dos munícipes de conquistar para seu torrão natal, prosperidade e glória pelo trabalho diurno. Lembra também, as lavras de ouro que deram lugar ao Topônimo Lavrinhas.

Flechas - instrumento do suplício de São Sebastião, evocam o Santo Padroeiro do município.

Coroa mural - Símbolo da emancipação política e de prata, com suas oito torres das quais apenas cinco estão aparentes, constitui a reservada às cidades. As portas abertas de sable (preto), indicam o caráter hospitaleiro do povo de Lavrinhas.

Voluntários do Exército Constitucionalista - Lembram, uma vez mais, a heróica arrancada em que Lavrinhas se viu envolvida, portando-se com dignidade e brio.

No listel, a divisa “CAVE NAM VIGILO”, como: “A CAUTELA-TE, ESTOU VIGILANTE”, diz do espírito valoroso do povo de Lavrinhas vigilante e sempre pronto a derramar seu sangue em defesa das instituições.

O Brasão de Armas é de uso exclusivo do Poder Público Municipal e será usado:
1. Obrigatoriamente:
Þ Na correspondência oficial, documentos e demais papéis;
Þ No gabinete do Prefeito e na sala de sessão da Câmara de Vereadores;

2. Facultativo:

* Na fachada dos edifícios públicos,
* Nos veículos oficiais e
* Nos locais onde se realizem festividades promovidas pela municipalidade.






BANDEIRA



A Bandeira de Lavrinhas assim se descreve: retangular de amarelo, com um endentado de branco de três peças, movente de tralha, perfilado de vermelho e carregado do Brasão de Armas a que se refere o art. 2º. A Bandeira ora instituída deverá ter 14 m.(quatorze módulos) de altura, 20 m.(vinte módulos) de comprimento e o Brasão de Armas nela aplicado 4,5 m.(quatro e meio de altura).

A representação e sinais de desrespeito devidos aos símbolos de Lavrinhas, regular-se-á no que couber, pela Legislação Federal.

É proibida a utilização e reprodução dos símbolos de Lavrinhas em locais ou situações incompatíveis com o decoro. Somente mediante expressa autorização e a exclusivo critério do Prefeito Municipal, poderão os Símbolos de Lavrinhas ser reproduzidos em distintivos, selos, medalhas, adesivos, flâmulas, bandeirolas, objetos artísticos ou de uso pessoal, campanhas cívicas, assistenciais, culturais ou de divulgação turística.

As reproduções deverão obedecer às proporções e cores originais, ficando para tal arquivado na Prefeitura Municipal, exemplares que servirão de modelo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

HISTÓRIA

Foto: Neli Novaes -
Antigo centro do Povoado se São Francisco de Paula dos Pinheiros. hoje chama-se somente Pinheiros, bairro de Lavrinhas.

O município de Lavrinhas teve origem no povoado fundado por Honório Fidélis do Espírito Santo e Manoel Novaes da Cruz, em 1828, em torno da Capela de São Francisco de Paula, na localidade denominada Pinheiros. Este povoado levou inicialmente o nome de São Francisco de Paula dos Pinheiros e pertencia ao antigo território de Areias. Com a elevação de Queluz à categoria de Vila, em 1842, Pinheiros foi anexada ao território da nova vila.

Em 1873, com a passagem da Estrada de Ferro Dom Pedro II na região, os irmãos João Emidio Ribeiro e Antônio Francisco Ribeiro doaram um terreno da Fazenda Lavrinha, de sua propriedade, para a E. F. D. Pedro II, com o objetivo de construir uma estação às margens da Estrada de Ferro e assim atender a grande produção cafeeira da localidade. Em 12 de outubro de 1874, foi inaugurada a Estação Ferroviária, sendo a segunda estação no eixo Rio de Janeiro - São Paulo. Sua inauguração ocorreu com uma viagem feita pela locomotiva a vapor construída por Willian Fair Bain & Sons de 1852. Em torno das estações das estradas de ferro, formaram os núcleos de pequenas vilas que mais tarde se transformaram em cidades e Lavrinhas não fugiu a regra.

Na zona rural, já começava a exploração de lenha e carvão vegetal para uso nas locomotivas e caldeiras. A economia girava em torno do café e vestígios desses tempos ainda podem ver vistos nos casarões existentes em toda a extensão do município. No entanto, o centro administrativo e político permaneciam em Pinheiros.

Aos 27 dias do mês de junho do ano de 1881, o presidente da Província de São Paulo, o Senador do Império Sr. Florêncio Carlos de Abreu, sancionou a Lei nº 87 da Assembléia Provincial, elevando São Francisco de Paula dos Pinheiros à categoria de município e desmembrando-o do território de São João Batista de Queluz, mantendo ainda as mesmas divisas territoriais.

Em 1906 foi criado o Distrito de Lavrinhas e somente após o Decreto 1.021 de 06 de novembro do mesmo ano, São Francisco de Paula dos Pinheiros passou a se chamar Pinheiros. Pelo município, descia a estrada que vinha de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro, passando por Queluz, Areias e demais cidades do atual Vale Histórico. Em 1914 chegaram os padres Salesianos e perto da estação foi instalado o Colégio São Manoel, em um terreno doado pelo fazendeiro Coronel Manuel Pinto Horta.

A Lei nº 1.592, de 28/12/1917, criou o distrito de Lavrinhas, distante 6 km da sede de Pinheiros e onde o Coronel Manuel Pinto Horta, grande benfeitor e político influente, teve a efetiva participação. Destaca-se como contribuição do Coronel Horta para a cidade a construção de grande parte dos prédios residenciais, industriais e comerciais, em terrenos de sua propriedade e com recursos próprios.

Em 1929 com a famosa queda da Bolsa de Nova Iorque os fazendeiros de café se enfraqueceram. Agravando a situação, as Revoluções de 1930 e 1932 deixaram o município ainda mais vulnerável, dando chance aos políticos de Queluz incorporarem novamente Pinheiros àquele município. Em 1936 houve eleição municipal, tornando-se prefeito o Sr. Sebastião Novaes e um ano após sua eleição, em 1937, Pinheiros volta a se tornar independente. O distrito de Lavrinhas viu sua população aumentar, a economia crescer e foi se impondo como candidato à sede de município, o que realmente veio acontecer no ano de 1944, para desgostos dos pinheirenses. Também contribuiu para o declínio de Pinheiros, a construção da Rodovia Presidente Dutra, pois a estrada que vinha de Minas Gerais indo em direção ao Rio de Janeiro não passava mais por Pinheiros. Em 1945 a Câmara Municipal foi instalada definitivamente em Lavrinhas.

Na década de 60, com a extinção das matas locais, devido à exploração de carvão, lenha, e café, uma nova atividade surgiu: a pecuária leiteira. Posteriormente desenvolveu-se a exploração de bauxita e outros minérios, ocupando grande parte da mão de obra local, até os dias de hoje. Nos últimos anos com o desenvolvimento da indústria e do comércio, surgiram também alguns balneários, pesqueiros, pousadas, bares e lanchonetes que atraem pessoas de outras cidades da região para apreciar as belezas naturais da cidade. O turismo passou então a representar importante fonte de renda e de crescimento para o município.

Lavrinhas conta hoje com cinco bairros assim denominados: Centro, Pinheiros, Capela do Jacu, Jardim Mavisou e Village Campestre e ainda uma vasta Zona Rural.

A origem do nome Lavrinhas - Conforme comprova antigo manuscrito datado de 03 de setembro de 1845, pertencente ao Arquivo Público de Queluz, o nome LAVRINHA teve origem do fato de encontrarem no local uma pequena lavra de ouro. Onde foi fundada a atual sede do município, outras pequenas lavras foram surgindo, daí o topônimo LAVRINHAS, nome que até hoje é conservado.